Ciesp Campinas celebra geração de empregos
O presidente da entidade, Nunes Filho, destaca estudo da Facamp que aponta a criação de 700 novos postos de trabalho só no mês de abril; no entanto, o cenário eleitoral gera incertezas
Pesquisa de sondagem industrial do Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) junto às empresas associadas ao Ciesp Campinas trouxe números positivos para abril.
O motivo da comemoração é que dados em relação às vendas, no mês passado, indicaram que para 22,2% dos respondentes a variação mensal foi superior ao mês de março de 2018. Para 50% deles, foi estável e para 27,8% dos participantes a variação mensal foi inferior. Quanto aos dados da variação mensal de produção de abril de 2018, 33,3% dos respondentes indicaram que ela aumentou; 27,8% afirmaram que ela permaneceu inalterada e para os outros 38,9% houve queda da produção no mês.
Com relação ao planejamento do investimento para os próximos 12 meses, a sondagem revelou que, em abril de 2018, 11,1% dos respondentes declararam que vão aumentar os investimentos e 38,9% afirmaram que vão manter o planejamento dos investimentos. Os respondentes que não vão investir somaram 50%. Na avaliação de José Nunes Filho, diretor do Ciesp Campinas, a indústria, por enquanto, tem muito o que comemorar este ano, com a recuperação de postos de trabalho além de uma retomada da economia, mesmo que de forma um pouco mais lenta.
Em abril foram geradas 700 contratações na indústria regional. “Esse ano temos o que comemorar, afinal nós tivemos um crescimento de janeiro a abril de 2.950 postos de emprego, com crescimento de 1,85%. Só no mês de abril, nós tivemos a criação de 700 novos postos de trabalho, com 0,45% de aumento. Temos que comemorar”, disse Nunes Filho.
No entanto, ele afirmou não saber precisar como as coisas vão ficar nos próximos meses. “Algumas nuvens apareceram no caminho. A elevação da taxa de juros dos Estados Unidos para 1,75% começa a tornar mais atrativo o mercado americano do que o brasileiro devido à maior segurança para o investidor e ele prefere investir lá porque a inflação é zero”, argumentou Nunes Filho.
Segundo ele, há alguns fatores que põem em risco a credibilidade da economia brasileira. “A reforma da Previdência não foi votada e põe em risco as contas públicas. Nós temos eleição neste ano e é uma eleição em que não há uma definição clara. Existe uma forte radicalização de esquerda e de direita, o que não é bom para o país porque tanto de um lado quanto de outro vai levar a mais estatização, a mais aparelhamento na máquina pública e a maior concentração de PIB dentro do Estado do que dentro da iniciativa privada, o que não gera riqueza”, criticou.
Dia da Indústria Nesta sexta-feira (25) será comemorado o Dia da Indústria e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas prestará uma homenagem, hoje (24) a partir das 18h30, no auditório da entidade, que fica na Rua Padre Camargo Lacerda, 37, em Bonfim, Campinas. Serão homenageados empresários, indústrias e a funcionária mais antiga no Ciesp, Campinas Elizabeth Santos do Prado com placas comemorativas. Além destes, serão homenageadas 12 empresas associadas e não associadas ao Ciesp Campinas e cinco empresários. Os agraciados receberão as placas das mãos dos homenageados em 2017. O critério de escolha levou em conta as empresas que têm uma história de atuação na região de Campinas e que de alguma forma contribuíram para o enriquecimento de valores do Ciesp Campinas
Os empresários que serão homenageados são Nelson Gonçalves, Antônio Carlos Reinholz, Ogari de Castro Pacheco, Claudionor Lopes da Silva e Leôncio Menezes. Alguns deles são ex conselheiros da entidade. Já as indústrias que serão homenageadas são a Mahle Metal Leve S.A., Indústria Elétrica Marangoni Maretti Ltda, Estiva Refratários Especiais, Stepan Indústria de Máquinas e Motores Ltda, Revel S/A Indústria e Comércio, Baumer S.A., Papéis Amália Ltda, And Bem Indústria de Calçados Ortopédicos Ltda, Confibra Indústria e Comércio Ltda, Eagleburgmann do Brasil Vedações Industriais Ltda, Wortex Máquinas e Equipamentos Ltda e Cartonav Indústria e Comércio de Papel, Papelão e Embalagens Ltda.
Fonte: DCI
Governo tenta esclarecer lei trabalhista
O Ministério do Trabalho prepara medidas para tentar aumentar a segurança jurídica sobre pontos da reforma trabalhista. A ação tem sido costurada por técnicos da área jurídica da pasta. Esse esforço tem como objetivo tentar acabar com dúvidas jurídicas e dar mais confiança aos empresários para contratar empregados sob as novas regras, como o trabalho intermitente e a jornada parcial.
“Estou elaborando medidas em conjunto com a consultoria jurídica do Ministério do Trabalho e espero fazê-lo naquilo que for possível e não precise passar pelo Congresso”, disse o ministro Helton Yomura. As ações, explicou, têm objetivo único: “passar segurança jurídica nas relações do trabalho”. O pacote de medidas deve ser anunciado no prazo de 10 a 15 dias.
A reação do ministério ocorre após a percepção do governo de que há insegurança de parte do empresariado sobre pontos da reforma. Tal cautela do setor privado, dizem nomes do governo, estaria minimizando o efeito positivo da nova legislação sobre a geração de empregos. A estratégia é esclarecer o entendimento jurídico sobre trechos controversos da legislação. “É isso que vai trazer novamente o investidor a se sentir otimista, trazer investimento e gerar empregos no País”, disse o ministro.
Na semana passada, Yomura chancelou um parecer da Advocacia-Geral da União que defende que a reforma trabalhista vale para todos os contratos, inclusive os assinados antes de 11 de novembro de 2017, quando a nova legislação começou a vigorar. O parecer já foi adotado no ministério e vale como parâmetro para a fiscalização da pasta.
Cautela. O tema é controverso no mundo jurídico. Advogados são cautelosos, principalmente sobre o entendimento que a Justiça do Trabalho dará sobre alguns pontos. O trabalho intermitente, por exemplo, tem tido adesão gradual nas empresas porque há dúvidas sobre a forma de contratação. Também há divergências, na própria Justiça, sobre a contribuição de trabalhadores aos sindicatos.
Advogados notam que eventuais decisões do ministério não têm força de Lei. Por isso, medidas administrativas poderiam ser derrubadas na Justiça. A percepção no mundo jurídico é que as dúvidas só acabarão quando instâncias superiores da Justiça se pronunciarem. Atualmente, o Tribunal Superior do Trabalho avalia pontos da legislação e há ações diretas de inconstitucionalidade contra a reforma tramitando no Supremo Tribunal Federal.
Fonte: O Estado SP
Ministério do Trabalho prepara ajustes à reforma trabalhista
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, afirmou nesta quarta-feira (23) que está elaborando uma série de medidas, em conjunto com a consultoria jurídica do ministério, para fazer ajustes às novas regras trabalhistas.
A ideia é que as mudanças sejam anunciadas em até 15 dias.
“Estou elaborando outras medidas em conjunto com consultoria jurídica do ministério e espero que isso não necessite de reserva legal, ou seja, que não precise de aprovação pelo Congresso”, disse o ministro, após participar de lançamento de nova versão do aplicativo Sine Fácil Empregador, em Brasília.
Segundo Yomura, a ideia é divulgar os ajustes o mais rápido possível. “Nos próximos 10 ou 15 dias, sempre com tranquilidade, transparência e ponderação, para que a gente possa passar segurança jurídica nas relações do trabalho. É isso que vai fazer novamente o investidor se sentir otimista para fazer investimentos e gerar empregos no nosso país”, disse.
Recentemente, caducou a medida provisória que fazia ajustes na reforma trabalhista a fim de diminuir a insegurança jurídica.
O governo tem dito que anunciará algumas medidas que não dependam de aprovação do Congresso Nacional.
Fonte: Valor
Mudanças da nova lei trabalhista
Assim, em menos de uma semana foram revertidas diversas e importantes mudanças que afetariam de forma significativa ambas as categorias: empregados e empregadores. Como consequência disso, o que deveria ser claro e objetivo resultou muitas dúvidas. Alguns itens que constam na reforma estão escritos sem a profundidade necessária, geram dúvidas, não especificam sobre como seriam julgados casos anteriores à nova legislação, entre outros pontos discutíveis. Agravando ainda mais a situação, juízes trabalhistas deram declarações afirmando que não iriam considerar alguns pontos da nova lei, entre outras questões divergentes.
Como se não bastasse, uma MP tem validade máxima de 120 dias, e somente por esse período tem força de lei. Porém, para se transformar definitivamente em lei, depende da aprovação do Congresso Nacional. Para surpresa de todos, assunto de tamanha relevância para o País não foi colocado em pauta e, desde o dia 23 de abril passado, perdeu a validade, voltando a valer o texto original, aprovado em novembro de 2017. Outro ponto que atrapalha ainda mais o entendimento de todos: a guerra política entre sindicatos trabalhistas, sindicatos patronais e governo federal. Algumas questões claras da nova legislação são contraditas pelas convenções coletivas de trabalho – criadas pelos sindicatos –, que explicitamente não podem ir contra a legislação oficial.
Dentro deste cenário, empresas e trabalhadores não conseguem traçar seus planejamentos necessários, mesmo porque integrantes do governo dão indícios de que farão novas alterações, agora por meio de decretos. Algo que deveria ser benéfico a todos os envolvidos se torna montanha-russa legislativa, gerando incertezas e preocupações para todos os lados. Assim, o mais indicado é ter cautela e não querer se tornar pioneiro nas mudanças. Neste momento, ter pressa e querer se aproveitar de novas possibilidades podem gerar alto preço em futuro próximo.
* Ricardo Karpat é diretor da administrador de empresas Gábor RH.
Fonte: Diário do Grande ABC
Associação que coordena greve só tem filiadas em seis estados
À frente do atual movimento dos caminhoneiros contra a alta no preço do óleo diesel, que já dura três dias e causou o bloqueio de mais 250 pontos apenas em rodovias federais, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) ganhou notoriedade, mas é apenas uma entre muitas entidades que representam a categoria no país. Fundada em 1983, em São Paulo, por um grupo de caminhoneiros autônomos, a entidade tornou-se membro da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) no início dos anos 2000.
Embora se apresente como uma liderança nacional dos caminhoneiros autônomos, a Abcam tem entre as suas filiadas federações de transportes e sindicatos de apenas seis estados das regiões Sul e Sudeste: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Um dos fundadores da Abcam, José da Fonseca Lopes é também o presidente da associação. Fonseca, como é conhecido entre os caminhoneiros, vem questionando a política de preços da Petrobras para o diesel há mais de um ano.
— O Fonseca é uma liderança antiga e é muito ativo — disse um dirigente do setor de transportes de carga, ressalvando que a categoria tem representações pulverizadas pelo país. — É tudo muito fragmentado (as entidades que representam os caminhoneiros autônomos), e não existe uma liderança nacional.
Tomando a base de filiados da própria entidade, fica clara essa dispersão da representatividade. A Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio reúne pelo menos oito sindicatos, de cidades que vão de Niterói e Campos, a Magé, Três Rios e Araruama. Em Santa Catarina, a federação da base da Abcam reúne sindicatos de cidades como Chapecó, a municípios menores, como Otacílio Costa e Itainópolis.
Mobilização rápida
Apesar dessa dispersão de suas lideranças, os caminhoneiros são um grupo muito bem coordenado em termos de comunicação, observa outra fonte do setor.
— A maioria deles tem sistema de comunicação, rádio, grupos de WhatsApp. Comunicação é a coisa mais fácil que tem hoje, por isso se mobilizam tão rapidamente — diz.
Mas isso não assegura às lideranças de paralisações, como o atual, controle das ações.
— No momento em que começam a fazer bloqueios, surgem liderança locais. E, quanto mais demora a paralisação, mais difícil de se coordenar as coisas — conta outra fonte.
O próprio presidente da Abcam reconhece esse problema:
— A demora do governo em apresentar uma proposta está revoltando cada vez mais a categoria. Amanhã (ontem), o movimento vai para o terceiro dia, e, se o governo não se manifestar, não vai ter mais acordo. O pessoal vai fechar tudo — dissera Fonseca ao GLOBO, na de terça-feira.
Fonte: O Globo
Greve em SBC: Mercedes-Benz entra na Justiça
A Mercedes-Benz do Brasil decidiu entrar na Justiça do Trabalho contra a greve dos metalúrgicos em sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que completou sete dias úteis na terça-feira, 22. A decisão, segundo nota da empresa, foi tomada devido “à continuidade do movimento e a impossibilidade de uma solução negociada”.
Na mesma nota, a montadora informa ter sido surpreendida com a deflagração de greve antes de haver qualquer impasse na negociação. Garante ainda que se manteve disposta a negociar mesmo durante o período de greve e que tentou um acordo com o sindicato profissional. Não revelou, contudo, detalhes sobre a proposta que apresentou aos trabalhadores e nem quantos veículos já deixou de produzir por causa da greve.
Na avaliação do diretor-executivo do sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Moisés Selerges, a decisão da fábrica de entrar na justiça representa um retrocesso em relação ao processo de negociação que sempre ocorreu entre a empresa e a entidade sindical.
“Foi precipitada. Na história dos trabalhadores na Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos numa mesa de negociações. Vamos continuar tentando reestabelecer um diálogo com a direção. Dialogar é sempre a saída mais inteligente”, disse o sindicalista.
Está prevista para esta quarta-feira, 23, nova assembleia em frente à empresa, às 7h30. De acordo com o sindicato, os 8 mil metalúrgicos na planta da Mercedes-Benz têm mantido a fábrica parada durante todos os dias do movimento deflagrado há mais de uma semana.
Eles reivindicam a assinatura de um acordo coletivo (data-base em maio) que garanta reajuste incorporado aos salários, mudança no cálculo da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e manutenção das cláusulas sociais previstas no acordo anterior.
A Mercedes-Benz, em contrapartida, propôs reposição salarial pelo INPC mais um abono não incorporado aos vencimentos, segundo informações do sindicato. Os trabalhadores insistem em ter aumento real como forma de compensar perdas no período de crise do mercado automotivo, quando houve achatamento salarial.
Fonte: AutoIndústria
Qual será a atuação do Engenheiro de Produção na Indústria 4.0?
Indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, são termos criados recentemente e que são bastante utilizados para abranger os avanços tecnológicos e processos cada vez mais integrados e eficientes na Indústria. Nesse contexto, o trabalho do Engenheiro de Produção mostra-se tão importante e necessário, já que é ele o profissional responsável por todos os processos produtivos de uma organização, desde o manuseio da matéria-prima, até a entrega do produto final. Além disso, o especialista em Engenharia de Produção precisa estar atualizado com as transformações tecnológicas e atento as tendências e inovações que a área passará, sempre pensando em maneiras de reduzir os custos e evitar desperdícios, considerando os aspectos ambientais, econômicos e sociais.
Diante de todas essas transformações, o coordenador do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário FEI, Prof. Dário Alliprandini, respondeu algumas perguntas sobre as tendências da área e de como deverá ser a atuação do Engenheiro de Produçãoem um cenário de inovação e digitalização da Indústria!
Quais são as atuais áreas de atuação do Engenheiro de Produção?
Dario Alliprandini: O Engenheiro de Produção atua tanto na Indústria – como fábricas e montadoras – quanto na área de serviços, por exemplo, em empresas de consultoria, bancos e hospitais. As atividades principais são: planejamento, logística, engenharia da sustentabilidade, controle e melhoria de processos, gestão da qualidade, análise de risco, manufatura digital, simulação de cenários de processos e de negócios e gestão da tecnologia.
Qual será o futuro da profissão no contexto da Indústria 4.0?
Dario Alliprandini: O engenheiro de produção tem uma formação multidisciplinar e, por isso, é preparado para entender os diferentes processos de organizações de diversas áreas. O desafio para o futuro da profissão é desenvolver projetos que façam a conexão e a integração desses processos, incluindo as áreas de fabricação, fornecedores, distribuição, seleção de tecnologias, em um ambiente de Indústria 4.0. O engenheiro de produção vai atuar fortemente nesse ambiente, desenvolvendo projetos para integrar e inserir inteligência nos processos.
Quais competências ele deverá desenvolver?
Dario Alliprandini:Capacidade de analisar informações e dados relacionados a diferentes processos e sistemas; habilidade de comunicação para lidar com diferentes ambientes culturais e tecnológicos; domínio dos métodos de modelagem, análise e projeto de sistemas de produção; capacidade de aprendizagem para encarar os desafios organizacionais e as novas tecnologias; e ter conduta ética e humanista para garantir a harmonia de seus projetos com a construção de uma sociedade íntegra e justa.
Quais são os diferenciais do curso de Engenharia de Produção da FEI?
Dario Alliprandini:Alta empregabilidade! O curso de Engenharia de Produção da FEI foi o segundo a ser criado no País e, desde então, vem acompanhando o desenvolvimento das empresas, suas necessidades e busca pela inovação. Há uma relação muito próxima com o ambiente empresarial e os caminhos que o curso segue de atualização curricular, de laboratórios e em projetos de pesquisa têm alinhamento com o momento atual e futuro. Há projetos aplicados que são desenvolvidos pelos alunos com empresas parceiras, laboratórios modernos como os de manufatura digital e de manufatura integrada. Os alunos podem participar de pesquisas de iniciação científica que estão alinhadas aos projetos de mestrado e doutorado. Também há possibilidade de dupla diplomação com instituições da França e dos Estados Unidos, e a integração tanto social como em projetos com alunos de outras modalidades da Engenharia, da Computação e da Administração.
Para um aluno que está interessado em cursar Engenharia de Produção, que dica o senhor daria?
Dario Alliprandini: A aptidão deve ser o fator predominante na decisão por uma carreira. Para os que gostam de uma vida dinâmica e com muitas possibilidades profissionais, a Engenharia de Produção pode ser uma boa escolha. O profissional terá possibilidades de atuação em muitas áreas, o que garante alta empregabilidade e evolução na carreira de forma dinâmica.
Fonte: CIMM / Infomet
Estivadores de Santos apoiam caminhoneiros e anunciam paralisação
Estivadores e operadores portuários de Santos vão aderir ao protesto dos caminhoneiros, que começou na última segunda-feira (21/5), e prometem paralisar as atividades no porto nos próximos dias. A informação é do presidente do sindicato dos estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, que participou de um ato em solidariedade à manifestação dos transportadores na manhã desta quarta-feira (23/5).
Na tarde de terça, em outro encontro com caminhoneiros, o líder sindical destacou que sempre contou com apoio dos motoristas nas campanhas reivindicatórias dos estivadores e operadores do porto e, por isso, os transportadores rodoviários poderiam contar com o apoio dos estivadores do terminal nessa manifestação de agora.O representante dos estivadores ainda afirmou que os caminhoneiros sairão vitoriosos da greve.
Fontes ligadas ao porto afirmaram que a paralisação dos caminhoneiros nos últimos dias já tem afetado as operações no terminal. Equipamentos que carregam contêineres no embarque dos navios estariam sem combustível. Também há problemas com a chegada de comida para os trabalhadores marítimos.
O Porto de Santos é o maior da América Latina, principal porta de saída e entrada de produtos agropecuários, como matérias-primas para fertilizantes, soja, farelo, milho e açúcar, além de produtos como minério entre outros.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) recomendou aos seus associados que comuniquem aos clientes (importadores) a possibilidade de atrasos nos embarques nos próximos dias. “Caso a situação não seja rapidamente resolvida, recomendamos fortemente aos nossos associados para que informem suas contrapartes acerca de possíveis atrasos nos embarques programados para os próximos dias, em razão da falta de carga nos terminais portuários”, diz a entidade no comunicado assinado pelo diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes.
Fonte: Portos e Navios
Paralisação de caminhoneiros atinge setores do ABC
A greve dos caminhoneiros chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (23) com protestos em rodovias estaduais e federais do País e já resulta em problema de abastecimento em setores importantes na região. Algumas montadoras de veículos instaladas do ABC começam a enfrentar contratempos, caso da GM (General Motors), em São Caetano, da Scania e Volks, ambas em São Bernardo.
Representante das montadoras, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) demonstra preocupação diante da situação e pondera que se a greve continuar afetará todas as fábricas.
“A situação é preocupante. Muitas fábricas já pararam suas linhas de montagem e, se a greve continuar até o fim de semana, é certo que todas as fábricas pararão. Com isso, teremos uma queda na produção, nas vendas e nas exportações de veículos, tendo como consequência impacto direto na balança comercial brasileira e na arrecadação de tributos”, diz o presidente Antonio Megale.
Questionada sobre a situação, a Volkswagen informou que está avaliando os impactos e realiza ajuste para prosseguir com a produção. “Em decorrência da greve dos caminhoneiros, a Volkswagen do Brasil está avaliando os impactos e fazendo ajustes em seu programa de produção”, diz e empresa, por nota.
Os protestos contra a disparada no preço do diesel também afetam outros segmentos importantes, como o de alimentos. Na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) foi verificado que 40% das entregas estão atrasadas, o que já começa a refletir nos preços dos produtos. Por conta da situação alguns segmentos estão com estoques baixos e, consequentemente, os preços já subiram. “Exemplos são a batata e a cebola, que hoje estão com valores em média 250% mais altos”, diz a Prefeitura.
O setor mais afetado, no entanto, é o de frutas, especialmente mercadorias vindas de outros estados. Frutas como manga, melancia, laranja, mamão, entre outras, estão com estoque reduzido em 30%, o que está refletindo em uma alta de 20% nos preços.
De acordo com a Craisa, que administra o Ceasa (Central de Abastecimento de Santo André), está sendo disponibilizado, juntamente com a Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), uma estrutura de apoio para banho e alimentação aos caminhoneiros que chegam ao local. “Muitos caminhoneiros estão optando por permanecer dentro das dependências da Craisa por questões de segurança. Na madrugada de hoje, um dos caminhões que chegaram à Craisa foi alvo de apedrejamento na rodovia Fernão Dias”, diz a nota.
Postos de combustíveis
A situação também começa a preocupar o consumidor que precisa abastecer os veículos nos postos de combustíveis da região. Por conta da situação, no decorrer do dia, nenhum posto recebeu combustível. De acordo com o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), os proprietários dos estabelecimentos trabalham com estoques para até três dias.
Desta forma, caso a paralisação dos caminhoneiros continue, os cerca de 400 postos das sete cidades do ABC correm o risco de ficar sem o produto nas bombas. “Hoje a situação é tranquila porque ainda tem estoque. Mas se a gente ficar por mais dois ou três dias, fatalmente vai faltar”, diz o presidente da entidade, Wagner de Souza.
Em uma das bases de distribuição da região, na avenida dos Estados, em São Caetano caminhoneiros fizeram manifestação na via e permaneceram parados dentro do pátio por conta do valor do diesel.
Redução de preço no diesel
No início da noite desta quarta-feira, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou, em caráter excepcional, redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por período de 15 dias. De acordo com o gestor, o percentual anunciado representa queda de R$ 0,23 no preço do litro nas refinarias e R$ 0,25 aos consumidores.
A medida, no entanto, não representa mudança na política de preços da empresa. “São 15 dias para que o governo converse com os caminhoneiros”, disse Parente.
Fonte: Repórter Diário
Mercado de trabalho derruba confiança
O mercado de trabalho ainda em baixa levou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) a recuar 2,5 pontos entre abril e maio, para 86,9 pontos, menor nível desde outubro passado (85,8), informou ontem Fundação Getulio Vargas (FGV). Para Viviane Seda, coordenadora da Sondagem da Consumidor, a confiança do consumidor pode continuar a “andar de lado”.
Além de desemprego expressivo, os próximos meses contarão com maior incerteza devido ao acirramento da corrida presidencial, bem como possíveis impactos na condução de política econômica. Ao mesmo tempo, no curto prazo, a recente alta nos preços dos combustíveis deve funcionar como mais um freio no avanço da confiança, observou.
O indicador mostrou desconfiança do consumidor em relação futuro. Entre abril e maio, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,9 ponto, para 77,2 pontos. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,8 pontos para 94,2 pontos, o menor nível desde setembro de 2017 (93,1 pontos).
Viviane explicou que, de abril para maio, o tópico que mais contribuiu para o recuo da confiança foi ímpeto de compras de bens duráveis, que mostrou recuo de 8,4 pontos no período, para 81,4 pontos. O consumidor, caso não se sinta seguro quanto à emprego, tende a não realizar compras de maior valor agregado a prazo, comentou.
Ao ser questionada se o índice poderia se manter negativo, a especialista foi cautelosa. Ela observou que ainda há aspectos positivos na economia, que são levados em consideração pelo consumidor – como juros menores do que os praticados no passado, e inflação menos intensa. Estes fatores devem inibir sequência prolongada de quedas na confiança.
Mas, a técnica admitiu que não há como o ICC manter trajetória ascendente sem melhora expressiva no emprego. O ICC abrange informações de 1.805 domicílios coletadas entre 2 e 19 de maio.
Fonte: Valor / Abinee