Vale conclui venda de participação na CSA para a Thyssenkrupp
A Vale anunciou nesta terça-feira, 31, que concluiu a venda de sua participação minoritária na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a Thyssenkrupp. As duas companhias eram sócias na CSA.
O negócio foi fechado por um “valor simbólico”, mas inclui cláusula que permite à mineradora obter uma receita caso o controle acionário da CSA seja vendido a um terceiro. A venda é parte da estratégia da Vale de se desfazer de ativos para simplificar seu portfólio e voltar seus esforços para a execução de projetos prioritários, como Serra Sul, em Carajás.
Com a conclusão da transação, a Vale deixa de ter responsabilidade pela dívida da CSA. Entre os compromissos, está a amortização de dois financiamentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 1,488 bilhão e R$ 909 milhões, ambos com prazo de vencimento em 2021.
Com a transação, os acordos de acionistas e outros contratos operacionais entre a Vale e a CSA serão renegociados ou extintos. Isso inclui contratos envolvendo preferência na expansão do terminal marítimo da CSA em Santa Cruz, no Rio, de fornecimento de matérias-primas e de compra de placas.
A única exceção é o contrato de exclusividade no fornecimento de minério de ferro, que vai até 2029. A CSA consumirá 8,5 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas quando operar à plena capacidade, de 5 milhões de toneladas de placa por ano. Hoje, a usina fabrica 4 milhões de toneladas por ano.
Fonte: Isto É
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Mudança na Usiminas acelera busca por divisão, diz fonte
Fábrica da Usiminas: negociações oficiais para a divisão da Usiminas, porém, ainda não foram iniciadas, afirmou a fonte
A troca no comando da Usiminas decidida na semana passada em uma contestada reunião do Conselho de Administração acelera os planos para a divisão da produtora de aços planos entre os sócios controladores Nippon Steel e Techint, afirmou uma fonte próxima do grupo japonês nesta terça-feira.
Negociações oficiais para a divisão da Usiminas, em que as instalações da empresa em Minas Gerais ficariam com a Nippon Steel e a usina em São Paulo ficaria com a Techint, porém, ainda não foram iniciadas, afirmou a fonte.
A possibilidade foi aventada mais cedo neste ano, em meio às negociações da siderúrgica para reestruturar seu endividamento junto a bancos. Mas conforme a briga entre os dois controladores da empresa pelo comando da companhia continua sem sinais de recuo, a divisão da Usiminas é atualmente considerada como a única saída para resolver as disputas entre Nippon Steel e Techint.
Segundo a fonte, a Nippon “não vê outra solução além da divisão da empresa. Não foi feita nenhuma negociação ainda, mas eles querem resolver isso o mais rápido possível”.
Um aparente acerto entre os grupos, marcado pela eleição de um indicado da Techint para presidente do Conselho da Usiminas no fim de abril, acabou desfeito após o colegiado decidir na semana pela troca da presidência-executiva da companhia.
Para o lugar de Rômel Erwin de Souza, preferido da Nippon Steel, o Conselho da Usiminas, com apoio da Techint, decidiu promover o diretor comercial Sergio Leite.
Para reverter a decisão, que entregou o controle das decisões do dia a dia da Usiminas ao grupo Techint, a Nippon abriu um processo na 2ª Vara Empresarial de Minas Geral pedindo a anulação da eleição de Leite e a volta de Souza à presidência.
No argumento da Nippon Steel, a eleição de Leite foi ilegal porque ocorreu sem consenso dos acionistas, o que fere o acordo de acionistas da siderúrgica.
Procurados, representantes de Techint e Usiminas não comentaram o assunto. Segundo a fonte, o grupo japonês não vai por em pauta do Conselho o retorno de Souza à presidência da Usiminas, preferindo esperar um posicionamento da Justiça sobre o processo.
Um acerto com bancos para suspensão por 120 dias de obrigações financeiras da Usiminas termina em meados de julho, e a troca no comando da empresa não deve prejudicar o acordo, afirmou a fonte, acrescentando, porém, que o grupo japonês considera que a nomeação de Leite traz ruídos ao processo.
Fonte: Exame
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Cade aprova aumento da participação da Nippon na Vallourec
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, ato de concentração entre as empresas Vallourec e Nippon Steel & Sumitomo Corporation (NSSMC), conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 31.
De acordo com o parecer do órgão, a operação aprovada refere-se a uma conversão em ações de valores mobiliários (bonds) que serão emitidas pela Vallourec e subscritos pela Nippon. Com isso, a partir do fechamento do negócio, a Nippon aumentará a sua participação acionária na Vallourec para 15%.
A operação, segundo as empresas informaram ao Cade, “é uma recapitalização que tem como principais objetivos manter a posição estratégica competitiva da Vallourec e dar continuidade aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, num cenário adverso representado pela queda do preço do barril de petróleo no cenário internacional, impactando diretamente na demanda por soluções tubulares”.
Ainda de acordo com o parecer, o ato de concentração encerra uma tríade negocial que envolveu, num primeiro momento, a reorganização societária de uma joint venture existente – Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) – e a conversão em ações ordinárias de valores mobiliários (bonds) também emitidos pela Vallourec e subscritos pela BpiFrance Participations.
A Vallourec é a holding controladora do Grupo Francês Vallourec, líder mundial na fabricação de tubos de aço sem costura e em soluções tubulares premium, presente em mais de 20 países, incluindo o Brasil.
Já a Nippon é holding do Grupo NSSMC, empresa de produção e fabricação de aço com sede em Chiyoda/Tóquio, formada em 1950. No Brasil, o Grupo desenvolve atividades por intermédio de seis empresas, entre elas a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas).
Fonte: Isto É